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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Workshops e Oficinas de Zambra e Rumbas

Diante do atual mercado de trabalho com a dança, preciso ressaltar e defender meu trabalho.

Em todos os Workshops que dei sobre Rumba Andaluza ou mesmo sobre a Zambra, em nenhum deles afirmei que aqueles que chegassem ao final estariam aptos a ensinar, coreografar ou mesmo a usar meu material que levei anos de minha vida pesquisando. Os certificados que emiti foi apenas para constar que houve presença nos cursos. Ainda há algumas pessoas que levaram o certificado, sem minha autorização embora assinado, após o término do mesmo. Estas pessoas nunca frequentaram ou tiveram sua frequência completa; o que reduz mais ainda a confiabilidade daquilo que elas ensinam, professam, coreografam e dançam país afora usando meu nome para defenderem os erros que cometem.

Infelizmente neste insano mercado de Vaidades e Egolatria que leva o mercado de dança hoje, (destaco a dança cigana por conta do tema deste artigo) meu nome tem sido usado como referências em vários outros cursos, workshops e oficinas de mesma temática que julgo duvidosos por não estarem completos e maduros para tal. A maioria continua errando nas exibições, se utilizam de meu material didático das referências históricas e no uso do material de áudio que viabilizei para apenas completar os estudos destes dois palos do Flamenco.


Ainda assim, mesmo com leves pinceladas sobre os temas propostos, utilizam indevidamente meus artigos do blog que escrevo como fontes para afirmarem seus erros de conteúdo; o que se torna até ridículo porque sou enfático no erro daquilo que estão fazendo atualmente. Nunca concordei com o que ensinam como prática por estarem distantes daquilo que realmente foi no passado que se conseguiu registrar e no que é hoje estas duas danças para os ciganos de lá, pois tenho contatos profissionais e amistosos com alguns deles que são artistas da dança, da música e do canto cigano espanhol.

Isso não me torna absoluto e nem senhor ou proprietário de verdades absolutas sobre estes ritmos usados no mercado de Dança Cigana. Apenas me solidifiquei em informações idôneas historicamente falando e nas vivências e cursos de prática que fiz ao longo de minhas pesquisas e nos mais de 30 anos dedicados especificamente ao Flamenco e danças afins. E está tudo mencionado na bibliografia das apostilas de cada curso que dei.
 

Portanto, alerto aos demais interessados aprendizes, profissionais e supostos profissionais deste setor que, questionem e averiguem o currículo e as fontes de quem ministra estes cursos. Constantemente afirmo que, pelos mais de trinta anos estudando a Arte Flamenca, na Espanha os seus respectivos ciganos se utilizam com maestria desta arte (Flamenco) para representarem sua forma de ver e sentir a vida. 

Isso faz com que a Rumba (seja ela catalana, gitana ou flamenca) e a Zambra sejam apenas dois dos mais de 50 ritmos existentes e não as únicas e soberanas formas artísticas deste povo mal interpretado, perseguido e que tem sua cultura distorcida em nosso país reforçada por alguns rhomá oportunistas, por falsos ciganos e por artistas consoantes deste segmento. Salvo raríssimas exceções que é um pequeno grupo seleto e de fora da dança cigana que não se mistura com o referido mercado, não se expõem pelos mesmos motivos que aqui relato e são estudiosos e pesquisadores onde alguns até com resultados mais eficientes que os meus por irem a campo para reafirmarem aquilo que temos em comum: o conhecimento e o registro idôneo destas duas danças.