Não há como negar que um dia todos iremos embora de alguma forma, vamos morrer...
Morrer é uma palavra simples, direta, objetiva e dura com significado de um fim. Mas é um fim material para quem é espiritualizado e fim definitivo para os que acreditam em uma única e solitária vida. Em ambos os casos sempre ficamos presos ao ciclo material, queremos coisas, conquistar coisas e fazer coisas no intuito de nos satisfazer onde cada um os realiza segundo seus conceitos pessoais de como adquiri-los. Este é um fato e independe da natureza religiosa.
Queremos longevidade, queremos ficar o maior tempo possível até mesmo tentando burlar o inexorável tempo que atua sobre nós. Para quem pode de nada adianta apenas transformar-se fisicamente se enganando com o tempo embora seja um direito adquirido se satisfazer psicologicamente com isso. Nosso conceito de felicidade quase sempre passa pelas conquistas materiais que nos traz conforto, segurança e prazeres físicos. E isso não é ruim. Mas como aqueles que não tem, ou não teve, estes recursos é capaz de ser feliz com tantas dificuldades se a oportunidade de vida é a mesma? Claro, alguns com caminhos mais tranquilos e outros mais tumultuados...
É isso... o quê é viver bem? Como eu me sinto bem com a vida que tenho agora?
Ciclos onde sua capacidade de se superar é colocado à toda prova. Se acha que aquele que tem bens materiais é mais fácil pode ser um ledo engano sobre a felicidade embora tê-los pode facilitar.
Esquecemos de reparar com mais frequência alguns fatos nos dado de presente pela vida que é o ciclo de cada ser vivo, independente de sua natural consciência. Ali tem sempre um bom exemplo de aproveitamento e contribuição para o todo; uma verdadeira e natural parceria! Ignoremos a oportunidade em nosso "pré estabelecido" tempo para isso. Lidamos e quase sempre ignoramos tudo aquilo pelo qual não nutrimos nenhuma carga afetiva. Então nasce uma planta, dá flores, algumas frutos, perecem e morrem. "Que pena!" poderíamos apenas pensar, ignorar e seguir adiante ou apenas dar de ombros com este fato. Sim, até a planta é nossa parceira!
Uma vez escutei de um amigo astral que morremos a cada dia a partir do dia em que nascemos. E toda a diferença entre este dia que se nasceu e o dia em que morrerá é tudo aquilo que conseguiu fazer de bom e ruim e de como você conseguiu lidar com isso. É a mais pura, simples e real condição que temos aqui, mesmo que seja uma única vez segundo alguns pensamentos.
Não trarei a questionamentos aquilo que é bom ou ruim, mal ou bem, certo ou errado. Mas trago a natural implicância de meus textos ao questionamento de si mesmo; talvez o mais importante que faço em tudo o que escrevo. Meu processo crítico não é destrutivo, mas o inverso dele tentando mostrar que se pode conseguir muita coisa sem tirar proveito do outro denegrindo-o para sua própria satisfação. É uma árdua e difícil conjugação do "ser feliz" com "ser correto". Julgar sempre... é exatamente aquilo que não vim fazer neste texto sobre os conceitos morais.
Onde a vida entra nisso? Mais uma vez recaímos na natural condição de ter que escolher algum caminho imaginando ou tendo a absoluta certeza da plena satisfação. Às vezes o resultado não satisfaz, não é mesmo? O quê acontece? Temos que escolher de novo, e seguir a novas escolhas...SEMPRE! Escolher sempre!
E a vida? Tudo dependerá de seu conceito sobre ela. Mas nunca se deve ignorar que um dia iremos embora...ou quem amamos irá antes da gente.
E o ente querido que se foi? Como será que foi a vida dele? Apenas temos suposições por conviver e ver as escolhas que fez nesse período. Muitas das vezes nosso lado mais humano, o emocional, nos faz crer que aquele que "está indo" tem que ficar mesmo que a contra gosto e com tanto sofrimento na hora de se desligar. Queremos que fique mais e ignoramos o outro! A medicina já nos dá esse alento tentando sanar as dificuldades que os momentos de interferências na saúde surgem em nosso corpo. Isso é um presente adquirido com os estudos feitos nos sofrimentos do passado onde a resiliência aliado à sapiência nos enche de inúmeros conhecimentos para sanar e prolongar esse período que conhecemos como vida.
Sim, ignoramos totalmente fatos inusitados de nosso cotidiano singular e coletivo, de como podemos apreciar as minúsculas e simples coisas boas da vida, de cada ciclo que temos ao nosso entorno como os ciclos do dia, das plantas e animais, das diversas convivências sociais que temos e do natural entrave com a divergência nos trazendo sempre um questionamento de nosso aprendizado particular. Isso é vida! A física! Dá pra entender que a cada 24 horas você tem esse prazer de observar essa natural condição e desfrutar?
Isso é vida! Seja na maior miséria ou na maior facilidade material se pode sim observar essas condições desta oportunidade chamada vida. O grau de importância que dá a seu respectivo ciclo, de como se observa nele e de como lida com a dificuldade, ou facilidade, e de como arcar com os resultados disso é que te faz observar minúsculas gotas de alegria, de conquista e daquilo que percebemos como felicidade ou de total tristeza segundo sua ótica.
Se olhar sempre com tristeza nunca conseguirá perceber o que de bom conseguiu provar, mesmo que tão diminuto e quase imperceptível. É óbvio que os que possuem facilidades podem se iludir com isso também. Então a oportunidade sempre será igual para todos e proporcional ao que você precisa pra perceber e conquistar a tal felicidade.