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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

2020 para 2021... olhando meu país, o mundo e eu

 

Não costumo escrever sobre retrospectivas, mas esse ano de 2020 marcará a vida de todos nós.

Acredito que de 2016 pra cá o movimento no mundo já caminhava pra algo novo, diferente e que viesse a saltar nossa percepção da vida. Em todo movimento de nossa história é visível quando tivemos altos e baixos em diversas culturas e em todos os segmentos. Isso é normal, é natural e faz parte da vida. O que chama mais a atenção são os grandes movimentos de massa que alteram e marcam profundamente a nossa história.

Em todos os países a política tem mudado e oscilado conforme a força se define. Então é natural que as diferenças se esbarrem e tenham suas tolerâncias diminuídas por terem perdido ou ganho naquele momento. E o ciclo vicioso recomeça porque sempre tem a "reconquista".

O que dirá as artes que precisam extrapolar seus limites para depois retornar a algum equilíbrio? Estes extremos acrescentam sim inovações e transformam para melhor as artes. Apenas os extremos acabam sendo isolados, mas nunca esquecidos quando seus autores são os responsáveis por estas transformações.

E as filosofias que muitos designam religiões por serem algo votivo ao "intangível, onipotente e onipresente" criador de tudo que tem toda a ciência mas não interfere em prol de sua cria? As mais diversas, longínquas e enraizadas justificativas culturais para aquilo que dificilmente se aceita, é o que estas filosofias vêm fazendo ao longo do tempo. Neste século em que vivemos, o oportunismo dispara com a carência de outros que possuem dificuldades para pensar. Normalmente, a maioria de nossos irmãos.

Hoje em dia já é perceptível que, quem mais conhecimento tem, mais manipula, se for um malfeitor, e mais esclarece, se for um condescendente com aqueles que conhecem menos. Então quem trabalha para o bem coletivo acaba sendo o inimigo mortal do oportunista que se resume na própria vaidade da posse.

Enfrentamos duas novas armas despertada na ciência da medicina e da tecnologia. Uma diz respeito a uma forma de vida que tem seus poderes peculiares na sua perpetuação natural e que nos traz enormes dificuldades abalando nossa saúde, haja vista que nós somos seu veículo de propagação e sobrevivência. A outra traz o desafio da tecnologia. Avançamos tanto em diversos setores e conseguimos enxergar o Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, até imaginar que o mundo da família Jetson está perto e vivemos alguma coisa deste universo tecnológico. Mas ainda lidamos com o famoso retardo do "delay" e da inconsistência do sinal da internet. O pior destes dois fatores é o monopólio político sobre eles e de como uma "arma" biológica pode derrotar o mundo. Se bem vale, arma não se mostra...se usa para demonstrar seu poderio. Ainda acho um tanto inverossímil matar os seus pra dominar o mundo. Isso é kamicaze!!! 

Não entrarei aqui nos aspéctos mais profundos do que abordo no início deste artigo, mas observar como os valores de vida estão se invertendo, de como a ciência só é valorizada se justificar o que pensa um líder e de como aqueles que não pensam, ou pensam mau, se deixam levar por estes momentos e tomam um partido para si defendendo seus ideiais, combatendo os outros e polarizando os seus familiares e amigos. Concordo que alguns respeitam a diferença e não sei se este respeito é real ou apenas circunstancial e que pode trazer decepção no futuro.

Apenas pergunto aos outros o mesmo que faço pra mim...o quê de bom e transformador eu faço ao meu alcance para melhorar, ainda que um pouco, o que de tão ruim está acontecendo? Eu não salvo o mundo e não sou super herói pra isso. Mas tenho notado que os pequenos atos fazem mais do que os atos grandiosamente coletivos e polarizados.

Lembro da onda hippie, do "paz e amor", "não faça guerra, faça amor" e de tantas ondas das quais eu vivenciei e tirei o melhor proveito.  Mas acredito que não maculei ninguém a não ser por pensar diferente de alguns e igual a tantos outros. Não manipulei e apenas me defendi sem atacar...

O quê você faz de bem e de bom? É o que me pergunto sempre...

O quanto as pedradas da vida te machucam?

Você compreende a lição de tanto sofrimento?

Está pronto pra nova classe? Se não, vai repetir até aprender ou desistir e estagnar na vida, ou melhor, em todas as vidas até seguir adiante...

Vai guerrear com quem te atacou ou vai apenas seguir se defendendo e se esquivando dessa gente?

São perguntas que me faço com frequência com um certo olhar para o meu passado. E consigo ver que tenho feito uma melhor versão de mim mesmo porque vi quanta coisa errada e absurda eu fiz.

De certo, apesar de ver o mundo invertido hoje, não me sinto de cabeça para baixo.

E você?