Quantas vezes ouvi, vi e observei muitos se achando formado em dança, ou melhor, em qualquer dança seja ela qual for. E quantos se dizem "profissional" sem terem a documentação legal comprovando seu status.
Em nosso país o profissional em dança é aquele reconhecido pela Lei 6533 e através dela se retira o Registro Profissional reconhecido pelo Ministério do Trabalho e que apenas reconheve aquele que atua em cena e lhe dá brechas para atuar ensinando.
Se não for formado por nível universitário que lhe dá a "licenciatura plena em danças", pra mim abrangente demais e com pouquíssimas especializações que dignificam o título, somente comprovando por testes nos Sindicatos de Dança de seu estado ou o Sated é que se poderá obter o devido reconhecimento profissional.
Confesso que as danças de direcionamento acadêmico são mais rígidas, polidas e com um currículo extremamente organizado. Muito diferente das danças de cunho étnico que necessita basicamente do famoso "notório saber" e são muito mais abrangentes em cada arte de uma etnia.
Estas danças possuem duvidoso reconhecimento por conta de sua constante renovação e atualização. Fora aqueles que, infelizmente, possuem registro mas sem a competência do mesmo porque conseguiram pelo famoso QI (quem indica). Então, como ser reconhecido como "formado" ou "profissional" em danças tão específicas como as étnicas nos dias de hoje?
Por mais que se ainda consigam registros por caminhos tortos, não existe outro caminho legal em território nacional que não sejam os citados acima. Para melhor certificação de seu "reconhecimento profissional" somente estes dois veículos, ou seja, universidade ou notório saber nos sindicatos de dança e satedes de cada estado. Ou parta para um investimento duro, pesado e profundo estudando nos países os quais quer representar. Em alguns países existem escolas renomadas e reconhecidas por seus governos.
Nenhuma outra instituição ou pessoa física no Brasil poderá lhe FORMAR como profissional em quaisquer danças se não forem legalizadas e reconhecidas pelas Secretarias de Educação e pelo Ministério do Trabalho e que provem poderem fazer isso... formar e profissionalizar.
Me dói profundamente que a maioria dos profissionais fiquem calados diante desta situação ou quando apenas reclamam e, quando fazem algo, apontam dedos sem sequer se unirem para ajudar e melhorar o nível se não for apenas para fazerem números em suas academias... fazendo dinheiro.... sem falar nos profissionais formados à base de workshops e vídeos da intermet.
Em alguns casos a extensão de um estilo de dança necessitaria árduo, custoso e muitos anos de investimentos em cursos, quando existem e são reconhecidos, para que depois se ensine. Vejo no mercado muitos profissionais com seu tempo de profissão e situação financeira que não corresponde ao tempo de estudo daquilo que diz ensinar, pois não caberia a prática em tão pouco tempo. Só me resta reduzir que sua formação foi autodidata pela internet.
Ainda assim, nem mesmo o estabelecimento que contrata este profissional não sabe averiguar a veracidade da sua fonte de formação e da competência de tais lugatrs indicados. Se processa no mercado de dança o alastramento de péssimos profissionais gambelando os próprios aprendizes e se solidarizando com os erros de seus semelhantes. Basta saber se no país de origem realmente é assim.
Portanto, fica o alerta...
CUIDADO COM OS CURSOS RELÂMPAGOS QUE SE DIZEM FORMAR OU PROFISSIONALIZAR EM DANÇA. NÃO É DE BOM TOM AQUELE PROFISSIONAL QUE SÓ TEM WORKSHOPS E VÍDEOS EM SUA FORMAÇÃO. FALTA A OUTRA PARTE. QUAL? Faça um curso decente.
Pronto, falei!
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