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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Carnaval, um momento ímpar de felicidade...


 Carnaval era uma festa comemorada por conta do calendário cristão que antecedia a Páscoa e tinha outro teor. Hoje a data permanece do mesmo jeito, mas seu teor foi modificado e adaptado às festividades do mundo como uma grande e verdadeira festa popular. Esqueçamos temporariamente o fator da pandemia que "adiou" essa festa por uns instantes. Aliás, muitos eventos de cunho religioso se adaptaram com o passar do tempo para esse popularismo. É do povo, mas a maioria foi elitizado e virou comércio mesmo. Isso não é ruim porque gera muitos empregos temporários e une, quase sempre, as comunidades de suas agremiações aumentando os laços entre eles e, queria eu, que as outras partes da sociedade se lembrassem desta camada ao longo do ano e não somente neste período. É, também, um grande movimento que exige uma grande logística em parceria com as prefeituras locais e outros setores correspondentes. 

Não vim ver as partes negativas porque estas são noticiadas ao decorrer e após o breve período festivo. Mas abordar o que vem a ser essa festa após 2 anos de isolamento é um bom ponto a se olhar sim! Ficamos totalmente à margem de um isolamento emocional, psicológico e uma privação de uma das maiores relações naturais do ser humano, a social. Vivemos em primeiro plano um caos comparado a outras fases históricas onde perdemos muitos no nosso entorno. E perdemos em todas as direções infelizmente... Isso parece ser cíclico no decorrer de nossa história e devemos sempre ficar atentos para saber como agir nestas fases duras. Agir com mais sapiência e parceria coletiva para evitar ou diminuir os danos de eventos com estas proporções.

O bom disso tudo é ver como precisamos loucamente de convívio social seja comunitário ou o mais natural da vida, de como isso também nos alimenta e nos faz trocar diversas energias das quais pensarei nas positivas.

Festas em conjunto, alegrias, esquecer os problemas da vida e olhar para uma direção chamada felicidade. Para muitos uma felicidade com preços variados e para outros apenas um momento de puro desligamento de tudo, seja deste evento comunitário ou de outros isolamentos como um grande feriado ou recolhimento religioso. Em todos os aspectos eles são válidos e necessários para cada grupo desde que respeitados seus espaços e focos respectivos. Também é um momento de gritar aos 4 cantos por uma maneira inteligente e de diversas formas artísticas as razões de cada um, cada grupo e cada agremiação durante este período.

Ser feliz mesmo que dure um tempinho, uns minutos, umas horas, alguns dias ou o tempo que for. Isso importa em nossas vidas e também é uma das motivações para seguir cotidianamente atrás destas gotas de felicidade ao longo de cada vida em particular.

Mas precisamos ser mais inteligentes e menos egoístas. Olhar para tudo e todos que envolve essa grande festa sem esquecer ninguém ou nenhum grupo ou comunidade. Quando agimos assim teremos mais alegrias, mais felicidades e sem deixar espaço para algumas tristezas que por si só abre sempre um espaço para tudo o que não queremos, seja para uma família, grupo pequeno ou pior, como um exemplo nefasto de cada período festivo.

Como não dá pra ser feliz e correto ao mesmo tempo?

Dá sim! Em casos práticos é uma logística trabalhosa onde nenhum dos grupos envolvidos pode ser ignorado. Com o passar do tempo algumas destas falhas se repetem e não acho que deveríamos esperar acontecer para tomar tardiamente alguma providência. Somos inteligentes e podemos ser mais empáticos ainda do que estamos sendo. Os erros do passado servem como um olhar àquilo que precisa de atenção evitando sua repetição.

Felicidade é para todos e não apenas para um grupo seleto.

Em um momento tão necessário às nossas vidas podemos ser mais empáticos, simpáticos e menos gananciosos ou egoístas. Dá sim pra ser feliz no Carnaval ou em qualquer outra festa comunitária.

Basta querer mesmo e pensarmos uns nos outros, compartilhar dos mesmos ensejo e dividirmos esse breve período anual de nossas vidas para nos revitalizar e seguir adiante, E dá trabalho ser feliz... muito trabalho, muito esforço e muita conquista pra tão pouco momento de se regozijar com a felicidade.

Ser feliz todos os dias é também poder ver que acordou, passou por todo o ciclo do dia e chegou ao fim dele. Cada um no seu momento... em situações muito ruins ou totalmente oposta sempre que conseguimos chegar no fim de um dia e acordar no outro é uma dádiva de felicidade. Poder ter mais um dia para lutar e encontrar nesse período diário as gotas de felicidade que enchem um copo ao longo da vida. Copo este que terá o tamanho de seu olhar em relação à felicidade.

Esta felicidade tem que ser focada nessa vitória diária de estar vivo, de conseguir vencer as diásporas individuais sem se comparar com os outros.

Há 22 anos meu pai deixou para cada filho alguns recadinhos pessoais e que estamos entendendo agora. O meu foi bem especial para mim por conta de toda diferença que vivemos e que sei que foi um enorme aprendizado para nós dois. Meu recadinho pessoal foi:

- Ricardo, a vida é muito curta para dar espaço a sofrimentos tão naturais e normais do ser humano. Eu fiz muita coisa errada, mas aprendi que ser feliz é o mais importante. Portanto, se há algo importante a ser dito é que deve correr e conquistar a sua felicidade. Eu vivi para isso e só descobri agora. Vai ser feliz porque descobri que fui feliz...

Tão poucas palavras com tantos ensinamentos embutidos nas entrelinhas...

Para quem não sabe, meu pai sofreu de câncer de cólon (intestino) e foi consumido pela metástase durante 6 anos e a enfrentou com bravura indômita. Mesmo sendo consumido nesse tempo ainda conseguia dar lições quando sua sanidade permitia ou quando percebíamos em seu sofrimento pessoal como tirar gotas de felicidade.

Bóra ser feliz?

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