O dançarino Ricardo Samel escreve suas impressões da vida, da dança e da moda mediante suas vivências com a Arte Flamenca.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
SHOW com Música mecânica.... é Flamenco?
Ainda me lembro quando em meus idos anos de principiante não se sabia o que era trabalhar com música ao vivo; salvo quando comecei a estudar com Sonia Castrioto e descobri a guitarra flamenca de Mara Lúcia Ribeiro.
Dancei em muitos lugares e fiz muitos shows com música mecânica sim!
Hoje temos a oportunidade de ser mais fiel às origens quando trabalhamos com música ao vivo, mas será que um show com música mecânica é menos flamenco do que com música ao vivo?
Quem sou eu para dizer que o Ballet Nacional da Espanha é menos flamenco por usar música mecânica? Quem viu POETA, com música composta pelo grande Vicente Amigo sabe do que falo...
Será que minhas colegas Vitória Nuñez, Angela Viégas, Vera Alejandra e tantos outros colegas que usaram da música mecânica, são menos flamencos por ter feito seus shows com a música pré-gravada?
Posso questionar a realidade de uma gravação para coreografar quando estes são respeitados mestres da dança Flamenca?
É óbvio que a música pré-gravada limita a criação e reduz o horizonte, mas quem sabe e conhece as estruturas é capaz de notá-las nas gravações quando estas se apresentam. Que dizer das coleções de "Sólo Compás" existente no mercado? Enganação para trouxas ou oportunidade para quem não tem acesso financeiro aos músicos?
Pra mim fica claro que um trabalho terá muito mais valor se a música for ao vivo, mas nada desqualifica um trabalho se for com música pré-gravada desde que respeitados os entrelaces da estrutura.
E você, acha que flamenco com música mecânica não tem valor?
Cá entre nós,eu uso e abuso dos dois....
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