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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Vida


 Não há como negar que um dia todos iremos embora de alguma forma, vamos morrer...

Morrer é uma palavra simples, direta, objetiva e dura com significado de um fim. Mas é um fim material para quem é espiritualizado e fim definitivo para os que acreditam em uma única e solitária vida. Em ambos os casos sempre ficamos presos ao ciclo material, queremos coisas, conquistar coisas e fazer coisas no intuito de nos satisfazer  onde cada um os realiza segundo seus conceitos pessoais de como adquiri-los. Este é um fato e independe da natureza religiosa.

Queremos longevidade, queremos ficar o maior tempo possível até mesmo tentando burlar o inexorável tempo que atua sobre nós. Para quem pode de nada adianta apenas transformar-se fisicamente se enganando com o tempo embora seja um direito adquirido se satisfazer psicologicamente com isso. Nosso conceito de felicidade quase sempre passa pelas conquistas materiais que nos traz conforto, segurança e prazeres físicos. E isso não é ruim. Mas como aqueles que não tem, ou não teve, estes recursos é capaz de ser feliz com tantas dificuldades se a oportunidade de vida é a mesma? Claro, alguns com caminhos mais tranquilos e outros mais tumultuados...

É isso... o quê é viver bem? Como eu me sinto bem com a vida que tenho agora?

Ciclos onde sua capacidade de se superar é colocado à toda prova. Se acha que aquele que tem bens materiais é mais fácil pode ser um ledo engano sobre a felicidade embora tê-los pode facilitar.

Esquecemos de reparar com mais frequência alguns fatos nos dado de presente pela vida que é o ciclo de cada ser vivo, independente de sua natural consciência. Ali tem sempre um bom exemplo de aproveitamento e contribuição para o todo; uma verdadeira e natural parceria! Ignoremos a oportunidade em nosso "pré estabelecido" tempo para isso. Lidamos e quase sempre ignoramos tudo aquilo pelo qual não nutrimos nenhuma carga afetiva. Então nasce uma planta, dá flores, algumas frutos, perecem e morrem. "Que pena!" poderíamos apenas pensar, ignorar e seguir adiante ou apenas dar de ombros com este fato. Sim, até a planta é nossa parceira!

Uma vez escutei de um amigo astral que morremos a cada dia a partir do dia em que nascemos. E toda a diferença entre este dia que se nasceu e o dia em que morrerá é tudo aquilo que conseguiu fazer de bom e ruim e de como você conseguiu lidar com isso. É a mais pura, simples e real condição que temos aqui, mesmo que seja uma única vez segundo alguns pensamentos.

Não trarei a questionamentos aquilo que é bom ou ruim, mal ou bem, certo ou errado. Mas trago a natural implicância de meus textos ao questionamento de si mesmo; talvez o mais importante que faço em tudo o que escrevo. Meu processo crítico não é destrutivo, mas o inverso dele tentando mostrar que se pode conseguir muita coisa sem tirar proveito do outro denegrindo-o para sua própria satisfação. É uma árdua e difícil conjugação do "ser feliz" com "ser correto". Julgar sempre... é exatamente aquilo que não vim fazer neste texto sobre os conceitos morais.

Onde a vida entra nisso? Mais uma vez recaímos na natural condição de ter que escolher algum caminho imaginando ou tendo a absoluta certeza da plena satisfação. Às vezes o resultado não satisfaz, não é mesmo? O quê acontece? Temos que escolher de novo, e seguir a novas escolhas...SEMPRE! Escolher sempre!

E a vida? Tudo dependerá de seu conceito sobre ela. Mas nunca se deve ignorar que um dia iremos embora...ou quem amamos irá antes da gente.

E o ente querido que se foi? Como será que foi a vida dele? Apenas temos suposições por conviver e ver as escolhas que fez nesse período. Muitas das vezes nosso lado mais humano, o emocional, nos faz crer que aquele que "está indo" tem que ficar mesmo que a contra gosto e com tanto sofrimento na hora de se desligar. Queremos que fique mais e ignoramos o outro! A medicina já nos dá esse alento tentando sanar as dificuldades que os momentos de interferências na saúde surgem em nosso corpo. Isso é um presente adquirido com os estudos feitos nos sofrimentos do passado onde a resiliência aliado à sapiência nos enche de inúmeros conhecimentos para sanar e prolongar esse período que conhecemos como vida. 

Sim, ignoramos totalmente fatos inusitados de nosso cotidiano singular e coletivo, de como podemos apreciar as minúsculas e simples coisas boas da vida, de cada ciclo que temos ao nosso entorno como os ciclos do dia, das plantas e animais, das diversas convivências sociais que temos e do natural entrave com a divergência nos trazendo sempre um questionamento de nosso aprendizado particular. Isso é vida! A física! Dá pra entender que a cada 24 horas você tem esse prazer de observar essa natural condição e desfrutar?

Isso é vida! Seja na maior miséria ou na maior facilidade material se pode sim observar essas condições desta oportunidade chamada vida. O grau de importância que dá a seu respectivo ciclo, de como se observa nele e de como lida com a dificuldade, ou facilidade, e de como arcar com os resultados disso é que te faz observar minúsculas gotas de alegria, de conquista e daquilo que percebemos como felicidade ou de total tristeza segundo sua ótica.

Se olhar sempre com tristeza nunca conseguirá perceber o que de bom conseguiu provar, mesmo que tão diminuto e quase imperceptível. É óbvio que os que possuem facilidades podem se iludir com isso também. Então a oportunidade sempre será igual para todos e proporcional ao que você precisa pra perceber e conquistar a tal felicidade.

É um grande paradoxo ver pessoas com facilidades materiais serem totalmente infelizes assim como ver o paupérrimo se achar totalmente feliz. Sempre que olhar para o outro para saber se sua felicidade é igual, ou não, pode lhe dificultar entender isso. Nunca será olhando no outro que encontrará a sua! No máximo poderá, e acho isso bom, observar como o outro consegue viver em suas condições e ainda ser feliz. Isso é um bom exemplo a se seguir e, quem sabe, fazer melhor ainda.

Nunca se deixe abater pelos percalços que o momento possa lhe impor! Sim, dói algumas vezes. Mas tome este momento como uma "chamada" do seu momento para mudar alguma escolha que fez de forma equivocada. Às vezes o novo caminho pode ser mais árduo ou mais fácil, mas nunca será destrutivo se sempre se deixar levar pelo lado mais triste, mais consumidor e destrutivo. 

Pronto! Todos os dias tenho que exercitar minhas escolhas e ter um olhar para tudo de bom que consigo perceber, captar e/ou conquistar. Seja preso numa caixa de sapato ou livre pelo imenso planeta onde vivemos.

Acima de tudo, ser feliz é se sentir bem, sabendo lidar com as dificuldades e ter as barreiras como um exercício a se aprender, regozijar-se das conquistas, dos momentos ímpares de prazeres de forma moderada e de ter a certeza, sempre que possível e a consciência iluminar, de não ter causado nenhum dano ao seu semelhante, parente ou não.

Não precisa ficar se cobrando sempre e a toda hora, mas apenas colocar esse critério como um dos focos em sua jornada e ele ficará no "piloto automático".

Não dá pra saber definitivamente qual o tamanho do tempo que se tem para fazer isso, mas dá pra entender que a oportunidade que tem é essa que está agora...

Vida...

Curta a que você tem agora com todas as tristezas e alegrias que possui porque agora você tem a absoluta certeza de que está "vivendo". Apenas determine o foco de olhar positivamente independente do quê está adiante e faça essa diferença valer totalmente à pena quando seu tempo estiver chegando ao fim. Os que se foram tiveram sua chance e nós que ficamos, ainda temos a nossa... Esse deve ser o verdadeiro olhar! Nosso tempo!

Viver é como você olha um copo pela metade com água...está meio cheio ou meio vazio? Essa é a diferença... Pura filosofia!

Bóra viver?


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