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quinta-feira, 7 de maio de 2020

No retrovisor...

...o passado
Depois que comecei o projeto "Flamenco Carioca" para contar as nossas lembranças, passei a pesquisar com muita curiosidade na internet sobre todos os artigos e até mesmo alguns arquivos em  formato "pdf" onde o Flamenco fosse envolvido aqui no Rio de Janeiro.

E me chamou a atenção em que vi vários deles onde seus autores pesquisaram até de forma bonita e, principalmente, com seus professores em que um detalhe me chamou mais a atenção ainda: o fato dos entrevistados não reconhecerem outros de sua época como colegas profissionais; mesmo que "concorrente" comercialmente falando. E como sou um dos mais antigos atualmente, sei o quanto isso pode ser prejudicial nestes arquivos que ficam principalmente em TCCs de cursos universitários de forma incompleta deixando estas lacunas temporais.

Não gostar do outro, do seu estilo, do seu trabalho é um fato pessoal que não deveria passar camuflado a estes pesquisadores universitários. História é contada com fatos e marcas que estarão sempre como referências, mas que deve independer dos gostos pessoais.

Contar essa história é reagrupar tantas memórias totalmente relevantes e que realmente significam algo na construção deste arquivo. Fui citado em alguns, esquecido em outros assim como outros colegas também se passam na surdina destes arquivos.

Artista é sensível e muitas vezes emotivo demais com picos de insegurança ligados ao seu ego. Isso pra mim é até normal porque também já passei por isso. Mas a história não é só minha ou de qualquer outro, mas de todos nós que movimentamos e fazemos essa arte existir em nossa cidade, nosso estado e nosso país. 

Eu acredito que despir-se do gosto pessoal aos colegas profissionais deveria ser um ponto onde a união da classe se faz em prol da história de todos, pois a sua já é escrita por cada um nos atos de sua carreira e, aí sim, suas segregações atuam como expressão de seus gostos pessoais. Não cabe julgar quem é melhor ou pior, mais ou menos culto com sua arte, mas sim o valor que o trabalho destes artistas agregou, ou agrega, nessa história.

Me perguntei muitas vezes: como encontrar quais artistas fizeram ou fazem estes marcos para entrar nessa história? E eu mesmo respondi... Pensei em cada um como movimento em seus respectivos espaço-tempo e procurei enxergar o quão importante seu movimento interfere(iu) neste processo. E precisei despir-me dos tais gostos pessoais pelo apreço ou não dos trabalhos destes artistas. Mas repito, levei, e ainda levo, em consideração seus feitos que ajudam a traçar essa história. Então será óbvio que alguns poucos não aparecerão por não terem esse movimento que interfere, de modo expressivo ou minimamente significativo, nesse projeto.

Outros até são mencionados, mas por óbito ou por falta de descendentes artísticos ou familiar não encontrados, ficam sem melhores registros. A não ser pelas lembranças que cada depoimento artístico traz. Pode ser que mais adiante eu consiga com a ajuda de outras pessoas, direta ou indiretamente, fazer o merecido registro mais detalhado destes artistas em questão...

Como toda história sem fim, terei que deixar o tempo me responder enquanto ajudo a escrevê-la.

A história de qualquer fato só tem um fim quando deixa de existir fisicamente ou perdido nas lembranças de quem não as deixou; neste caso nunca saberemos se realmente houve um fim conclusivo. Esse tipo de história é que tem as 3 fases concluídas: início, meio e fim, supostamente.

Esse não é o caso da Arte Flamenca...
tentando imaginar o futuro


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